sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Voltando pra casa
Como dizem por aí, triste é a dor do parto, mas temos que partir. Nao sei nem exatamente se já consigo chamar o retorno pra Alemanha de "volta pra casa". A sensacao é de que minha casa ainda é lá. Mas acho que esse sentimento deve ser normal e espero que aos poucos eu vá me acostumando com meu novo lar.
Na volta eu percebi que meu alemao piorou bastante, tanto pra falar quanto pra entender o que os outros falam comigo, mas também conversando todo dia em português e só falando alemao com meu marido, dá pra entender que meu cérebro ficou preguicoso. Agora é reacostumar com a diferenca de temperatura e de fuso horário. 5 horas de diferenca nao é coisa que se altera assim da noite pro dia. Até essa semana eu ainda acordei no meio da noite achando que era dia. Vai ver que na hora que fui pra cama, meu corpo achou que eu tava indo tirar um cochilo depois do almoco.
Tanta coisa pra arrumar, quanta roupa pra tirar da mala, pra lavar, pra arrumar nas gavetas, geladeira vazia precisando fazer compras, quanto parente querendo ver a gente de novo, lembrancinhas do Brasil pra entregar pro povo daqui... Ainda bem que descansamos bastante nas férias. Voltar de viagem querendo ou nao acaba sendo cansativo.
Agora estamos entrando no outono. As folhas caindo das árvores e o clima frio lá fora me dao uma certa sencacao de melacolia. É como se a vida estivesse deixando claro que acabou uma fase que por sinal foi muito boa. Mas daqui a pouco o inverno tá chegando que, apesar do frio, é uma época muito bonita. A neve fofa cobrindo o chao deixa tudo tao bonito, parece um tapete branquinho em todo o chao.
Fazer o que, né?! As férias acabaram. Agora é voltar pra vida normal de sempre. Trabalhar, limpar, cozinhar, matar saudade da família aos fins de semana via skype... enfim: viver. Afinal, é pra isso que a gente está aqui, nao é verdade?
sábado, 31 de agosto de 2013
Férias no Brasil
A dois dias da nossa viagem de férias para o Brasil o coracao tá quase explodindo. Nao se sabe se de saudade, de ansiedade, de expectativa, de nervosismo... é tanta coisa ao mesmo tempo! Aguenta coracao! Vou poder outra vez ver, abracar, beijar, apertar, morder quem amo!
Na mala vou levando um presentinho pra cada um da família, coisa simples, mas fico feliz de poder entregar nem que seja uma lembrancinha pra cada um. Um brinquedinho pra cada sobrinho, um perfume pra cada cunhado, mas um negócinho pra cada irma, pra mamae, pro padrasto. Já que nao dá pra presentear nas datas comemorativas eu faco questao de levar pelo menos uma coisinha pra cada um. Sao tantas datas que se passam e a gente só consegue mandar uma mensagem no celular ou no facebook pra mostrar que se lembrou. Até daria pra mandar o presente pelo correio, mas fica tao caro que é quase o mesmo que pagar o preco do presente duas vezes. Os presentes tem prioridade na mala. Agora vou ter que achar espaco pro resto da bagagem.
As amigas que moram no Brasil também estao na euforia do reencontro. Já me mandaram mensagem no facebook combinando da gente sair como nos velhos tempos. Samba, sertanejo e bar sao as nossas alternativas preferidas! Só que dessa vez nao vai rolar de fazer "girls' night" como a gente fazia antes. O meu marido vai estar junto, mas elas nao se incomodam. Elas entendem perfeitamente que ainda nao dá pra deixar ele sozinho. Quando ele aprender português melhor vai dar pra deixar ele com os cunhados e ir curtir só com as meninas, mas agora ainda nao. O pessoal lá em casa nao fala nem inglês, nem alemao. A comunicacao ficaria difícil sem alguém por perto pra traduzir. Sei que vai ter quem me chame de doida, quem acha que mulher casada tem que andar com o marido pendurado sempre que for se divertir, mas cada um com a sua opiniao. Meu marido e eu presamos pela confianca no nosso relacionamento e nao precisamos ficar grudados o tempo todo vigiando o que o outro faz. Mesmo porque antes do nosso casamento tivemos um relacionamento à distância que durou pouco mais de dois anos até nos casarmos. Sempre confiamos um no outro e sair sem a companhia do namorado nunca foi problema. Nao é agora que passaria a ser.
Ah que saudade da comida do Brasil, de falar português, de ir na praia e de beber água de coco! Só mais dois dias! Aí vou poder fazer tudo isso outra vez!
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